“Quando o dedo aponta o céu, o idiota olha para o dedo…” Já sabe de qual filme estou me referindo? Qualquer cinéfilo sabe que se trata de “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, escrito e dirigido por Jean-Pierre Jeunet e interpretado pela “lindeusa” daAudrey Tautou, em 2001. É o meu filme favorito, sem titubear.
Sou do tipo que troco qualquer balada para assistir filmes, principalmente se for cinema francês. Eles vêm carregados de delicadeza, sensibilidade, originalidade e com um quê de poesia que eu amo! Conheci o Fabuloso Destino de Amélie Poulain quando cursava jornalismo, por volta de 2005. Meus colegas mais nerds já o conheciam e, um deles, o Nino, gentilmente me apelidou de Amélie Paulinha. De lá para cá, pelo menos uma vez por ano, eu assisto esse clássico.
O filme tem uma fotografia linda. A paleta de cores viva, em especial, o vermelho, verde e amarelo, foi inspirada nas pinturas do artista brasileiro Juarez Machado. Orgulho pra gente, né? A trilha sonora de Yann Tiersen é capaz de nos transportar para outro país. Mas confesso que não foi isso que me prendeu do início ao fim do filme. Foi a narrativa mesmo, que me tira risinhos bobos a todo momento. “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” é atemporal que foge de uma realidade dura e nos apresenta um mundo gentil, colorido e encantador. Faz a gente voltar à infância (sem ser infantil) e fazer coisas que nos davam ou ainda nos dão prazer, como: tirar a cola do dedo, colocar comidinhas em cada dedo e comê-las depois ou enfiar a mão num saco de cereais.
A protagonista é uma pessoa normal que decide escolher viver atenta às belezas das pequenas coisas do cotidiano e fazer com que as pessoas ao seu redor sejam felizes e sintam seus melhores sentimentos. Certa vez, eu li e resolvi parafrasear: “Amélie é uma grande heroína das simplicidades da vida”. O interessante é que minhas pessoas favoritas no mundo são um pouco Amélie. Não vou citá-las, mas elas sabem direitinho quem são.
Arte de feltro: @feltrosdababi
Blusa; @ameliefoial
